ABU DHABI

Este sim é um pais de se lhe tirar o chapéu. 
Também existem grandes construções, gruas e mais gruas, mas no geral é mais agradável. Devo dizer que foi a primeira aventura sem os guias turísticos, sem autocarros cheios de gente e horários a cumprir. Mas andar a pé resultou no primeiro escaldão à camionista! 
Ao chegar à baía deparo-me com os treinos para o Red Bull Air Race, num enquadramento das mil e uma noites. Os aviões fazem barulho, mas cheguei a um ponto que nem sabia para onde olhar: se para o ar, se para a estrada! 
Ferraris de todas as cores, Lamborghinis, Jaguares e Maseratis, Rolls Royce e mais uns quantos que nem sei como se chamam, aceleravam de um lado para o outro deixando-me tonta, sem conseguir preferir este ou aquele. Fabuloso e mais não digo!
Todos os Emirados têm um local, onde dão a conhecer as tradições e costumes: os Heritage Village! Aqui, nesta cidade que me encantou, vi como fazem as peças em vidro, em barro, vi como tecem num tear arcaico, como fazem as lâminas das espadas e muito mais. Também havia um camelo, um cavalo, um boi de puxar água e um mercadinho tradicional onde fazer comprinhas! Uma maravilha para os outsiders. 
Depois de dada a voltinha ao estaminé, aí vamos nós para a mesquita! 
O grupo tinha 10 pessoas e decidimos apanhar um táxi. Para poupar dinheiro, como bons portugueses que somos, lá ludibriámos o Mohamed ( o motorista ) e fomos 5 em cada carro, apertadinhos, mas poupadinhos. 
A grande Mesquita de Abu Dhabi, com capacidade para 7.000 pessoas é algo que não consigo descrever, tanto por fora como por dentro. Toda construída em mármore rosa, é fresca e imponente, maravilhosamente decorada e senti, tal como numa igreja cristã, que estava num local que impunha respeito. 
Sim, entrei já totalmente equipada até aos pés com uma vestimenta própria e com um lenço na cabeça. Imaginem o que é andar vestida de preto, coberta até aos olhos, com este calor? Só vos digo que valeu a pena, embora não pudesse falar alto, não me pudesse encostar a nenhum homem, tirar fotografias abraçada nem pensar e os sapatos ficaram à porta. Foi uma experiência única, que me fez entender o que sentem e em que patamar está o sexo feminino. 
Mohamed ensinou-nos a falar árabe ( embora já não me lembre de nada ) e revelou-se um tarado por joelhos. Só depois percebi que esta parte do corpo tem uma relevância sexual fora do normal, para estes homens que podem ter até quatro mulheres, mas que se deleitam com as turistas desprevenidas. 
Foi divertido, foi diferente e digo-vos : troquem o Dubai por Abu Dhabi, porque vale mesmo a pena!

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