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A mostrar mensagens de maio, 2008
Manual do Homo Idiotus Como vossa amiga e detentora de grande experiência na questão aqui vão umas dicas para os verem à légua…excluindo o facto que, de vez em quando, andam disfarçados de pessoas normais. 1 – Têm uma forma de locomoção característica. Todos os seres desta espécie se acham o rei do pedaço e o andar é a forma mais fácil de os identificar. Têm um andar jingão e mantêm sempre o peito inchado, tipo galo em capoeira nova. É quase certo que se trata de um Homo Idiotus . 2 – Expressam-se de forma ruidosa. Por incrível que pareça todos eles falam alto. A necessidade de se impor é tão grande que acaba por se tornar aborrecido e pode, em casos graves, provocar dores de cabeça e crises de perca de controlo por parte de quem priva com esta espécie. 3 – Parecem um atlas geográfico, um mapa-mundo e um motor de busca de Internet. Pode parecer-vos estranha esta frase mas define-os maravilhosamente. Eles são os sabichões, os que já viram, já estiveram, já experimentaram… e quase sempre
GOODNIHGT IRENE Como a vida se entrelaça em quem por ela passa. Alguém no Outono da vida decide esperar que a morte chegue e desespera pela sua vinda. Abandonou-se na solidão, nos seus relatos de destinos turísticos e na letargia do alcool, que lhe facilita o sobreviver. Ela chega com a audácia dos jovens. Com um quadro retira-o da letargia e devolve-lhe a capacidade de comunicar, de rir, consegue que a sua espera pela morte se torne menos pesada. Tornam-se cúmplices e vivem como um só. Bruno não tem vida. Com as cópias de chaves que faz na sua serralharia, arromba portas durante a noite para conseguir um pouco de vida de cada um, para conseguir uma para si. Absorve recordações, fotos alheias, simples memórias do passado. Excêntrico, doido ou simplesmente carente de uma identidade ou de alguém a quem se ligar, entra no argumento e reforça-o com o desaparecimento dela. O confronto inicial, entre dois homens com a mesma obsessão: Irene. Duas gerações, duas formas de vida e sensibilidades
Hoje... Sinto-me leve, desprendida. Os dias não pesam, não fustigam. A vontade de viver renasce dentro de mim, enquanto a esperança sobrevive. Tudo parece mais claro e menos pesaroso, mais jovial e alegre. Procuro tudo aquilo que tenho direito... Sim, voltei a acreditar que tenho direito a algo...
Crónicas de Uma Viagem Trás dos Montes Fifht Chapter (and the last one also) Chegámos à cidade propriamente dita e como ela é bonita. Bem enquadrada entre vales e montes, transmite harmonia, luz e juventude. Gente jovem, bonita e alegre. Que saudades tinha eu de tudo isso, de me sentir envolvida na boa disposição desta vila de reis, que faz jus ao seu nome. Depois de umas horitas encafuados com bagagem até ao pescoço, foi bom respirar ar puro e esticar as pernocas. Como se cura a tristeza que trazíamos da capital de distrito? Shopping aí vamos nós!!!! Não comprámos nada, juro, mas o banho de loja e de pessoas curou-nos a psique, tão maltratada pela monotonia posterior. O hotel... O hotel meus amigos era delicioso... por fora. Era melhor que o nosso H TEL, que não deixa saudades a bem dizer, mas não fazia jus à fachada que ostentava. Talvez os quartos de luxo o fizessem , mas o pessoal não tem o bolso cheio e lá nos arrumámos onde pudemos. Um serão divertido graças à “Liga dos Últimos”,
C rónicas de Uma Viagem Atrás dos Montes Fourth Chapter Hoje era o dia dos "burricos" e não desiludiram. São giros, afáveis, muito curiosos e grandes! Sinceramente não fazia ideia que eram tão grandes. Sempre pensei neles como bichinhos um pouco maiores que póneis, mas afinal são quase do tamanho de cavalos, com uma cabeça similar e quando estão interessados em algo dão umas dentadinhas que deixam marca. Ah pois é... e zurram como gente grande. Os juniores têm pelo comprido o que lhes dá um ar de boneco de peluche. Como fiquei a saber nem todos são fáceis de montar e têm personalidades muito diversas e quando não querem fazer algo quase ninguém os consegue obrigar ou convencer. Uma dúvida que persiste... porque é que lhes chamam burros? O que vi foi um animal extremamente perspicaz e inteligente. Acabadas as “burrices” voltámos à civilização, desta vez por caminhos alternativos, com paisagens lindas mas muitas curvas, tantas que até o estômago se ressentiu. Com a cidade veio
Crónicas de Uma Viagem Atrás dos Montes Third Chapter Pela matina bem cedinho rumámos aos pais de nuestros hermanos, que graças a Deus fica só pela expressão. Que gente feia!! Quem adora passar a fronteira é a nossa amiga Gracinda (mais conhecida pela abreviatura GPS), que funciona melhor quando se vê livre do jugo lusitano.  Flores, flores e mais flores. Lindas, tão lindas que até trouxemos algumas connosco para dar cor aos quartos no Hotel das Rachas. Assim adoptámos a Zulmira, a Rosinha, a Amarelusca e a Matrioska que me acompanham enquanto escrevo.  Depois de um bocadillo de morcela, que se revelou delicioso mas muito indigesto, a Fanta de Ananás lixou-nos e ficámos entregues a nós próprios. Como bons portugueses que somos botámos (já começo a falar indígena ehehe) os pés ao caminho e percorremos a cidade de fio a pavio. Tanto monumento, tantas igrejas e tantas beatas, não daquelas que sobram quando se fuma um cigarrinho mas aquelas que rezam e se benzem.  A gente sem graça e sem
Crónicas de Uma Viagem Atrás dos Montes Second Chapter A manhã passou sem sobressaltos excluindo as toucas e capacetes fashion que se revelaram uma experiência divertida. Sem dúvida que o momento alto foi o belo do pernil, servido em doses descomunais, acompanhado com feijão e couves na mesma medida. Quem almoça pernil já não janta nem ceia. A tarde passou-se sem grandes aspectos interessantes, ressalvando, já a noite estava instalada a sopinha com polegares incluídos e a sandocha de presunto com Planta que não é para todos os maxilares. Como não podia deixar de ser o shopping foi a próxima paragem. O calor surpreendeu-nos e lá tivemos de ir comprar uns trapinhos. Mais uma vez apercebemo-nos que estávamos no Portugal profundo, onde até os locais de consumo se revelam escassos e sem graça. Mas afinal como é que esta gente vive??  Talvez o segredo esteja escondido por detrás de outros montes que não estes, ocultado aos forasteiros, porque não vimos um cinema, um barzinho com bom ar e com
Crónicas de Uma Viagem Atrás dos Montes First Chapter Atafulhados em bagagens lá partimos na aventura pelas más estradas portuguesas. Estão sempre em obras, esta s nossas A’s, mas nunca conseguem melhorar significativamente. Enfim...mais do mesmo!! A estômago roncava em quadruplo e à Veneza Portuguesa decidimos aportar. Muito encantadora com os seus dizeres, no mínimo provocadores, presentes nos seus barcos característicos, que versam desta forma exemplificativa: - “Anda cá não vás.. quero montar-te!” Depois de um esticanço de pernas de 5 minutos fomos almoçar. Nada a declarar a não ser as “sardinhes liofilizé” (em português eram sardinhas à Congo, ou seja sardinhas secas que nem palitos e queimadas até mais não).  Voltámos a entrar na avecvousvoiture e vá de encarar os quilómetros em falta de uma forma racional. As meninas dormiam, ficavam “hotflesh” tentavam que o ipod apanhasse a maldita antena, por entre descidas vertiginosas, subidas a remar para ajudar e camiões... Não fazia id