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A mostrar mensagens de agosto, 2020

Fake people

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  Quando o objectivo de vida de uma pessoa, a curto prazo, será ter "alguém" que providencie algo material e perfeitamente fútil, fico triste.  Sinto-me chocada.  Sei que muitas vezes o dizem da boca para fora, de uma forma sarcástica e cínica, como se ter dinheiro fosse, por si só, digno de inveja.  Mas a maior parte das vezes é uma forma de vida. Costumavam dizer os antigos, que se não existir oferta, tão pouco existirá procura. E estavam certos!  Mas será que viver assim, está? Oportunistas e aproveitadores são e serão sempre, uma fatia enorme.  Vivemos num meio onde o ter cargos de topo, mestrados, frequência em universidades elitistas e alguns sinais exteriores de riqueza, te faz a presa perfeita. Podes ter cara de peixe fora do prazo, um sotaque provinciano, seres coxo, com óculos e um dente de ouro, mas vais ser cozinhado, de certeza.  Depois existem os que se aproveitam do encantamento do pechisbeque, para tentar pescar a pescadora. Aqui o que intervém será sempre a e

Desmistificando

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  Actualmente o grande mito, é o teste ao nosso amigo Covid 19. A pergunta que todos fazem, é se provoca dor?  Não, não dói!  Dói mais a espera do resultado, do que o procedimento de colheita. Provocam mais dores um dente, uma enxaqueca ou até uma valente dor de barriga. É uma sensação estranha, de intrusão, mas que não passa disso. Medo, receio e desconhecimento, fazem com que afirmem que o cotonete vai até ao cérebro. Posso assegurar que vai até à garganta, que fica no sentido descendente e não ascendente. Mas no entanto, para muitos, seria a constatação de que a vossa cabeça tem algo dentro, efectivamente. O corpo humano tem vários orifícios. Sei que algumas pessoas os usam para efeitos não estipulados na anatomia, por isso não entendo tanto medo de um pedaço de alumínio com algodão a ponta. Este teste não é o papão de 2020.  O que nos persegue é o medo do desconhecido, do resultado positivo e do que advém de tudo isso.  Se alguma dia te disserem que tens de levar com o cotonete, po
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  É o assunto do momento, tal como o é todos os anos. Quem não vive no Seixal, acha que a Festa do Avante é uma festa, mas não é. É um evento politico, com isenção de IVA, com música, com álcool, com comida regional, com droga a circular e, ali pelo meio, tem uns discursos políticos e umas coisas para atrair os mais velhos. Note-se que o Partido Comunista tem, os partidários mais velhos da nossa política. Ou é uma tentativa de limpar os cadernos de afiliação, ou uma forma de colocar os mesmos em risco. A Festa foi sempre uma fonte de problemas para os que cá vivem.  De um momento para o outro deixamos de ter direitos.  Não podemos circular até à nossa garagem, não podemos estacionar o carro à porta de casa. Não descansamos porque o barulho é incessante até altas horas. Temos de lidar com todo o tipo de gente não qualificada, a quem um colete amarelo lhes dá a postura de uma legalidade que nunca terão. E essa mesma gente são, na sua maior parte, funcionários da própria câmara municipal.

A verdade transparente

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Azul do céu -  (Kandinsky - 1940) Sempre ouvi dizer, que não há nada mais transparente do que uma criança, ou um bêbado. Quando não temos filtros sociais, quando ainda não estamos debaixo do jugo do escrutínio alheio, somos puros. Dizemos e demonstramos aquilo que sentimos, sem censura nem preconceito. Falamos verdade porque é esse o nosso instinto.  Depois mudamos.  Mudam-nos ou adaptamos-nos de forma a esconder as fraquezas. Só transmitimos o que nos convém, e nem sempre verdade anda de mãos dadas com o egocentrismo. Todos temos esqueletos no armário, todos escondemos aquilo que achamos não ser correto, ou socialmente aceite. Existe sempre um cinzento no arco-íris! Mas todos esse controlo se perde quando se bebe para além do, digamos, socialmente aceitável. Tudo o que está debaixo da pedra, o que foi consciente ou inconscientemente recalcado, ganha vida e a verdade volta. Por vezes é mau, porque agredimos, magoamos e pisamos sem olhar a quem.  É o que nos incomoda, o que não podemos