Fake people

 




Quando o objectivo de vida de uma pessoa, a curto prazo, será ter "alguém" que providencie algo material e perfeitamente fútil, fico triste. 
Sinto-me chocada. 
Sei que muitas vezes o dizem da boca para fora, de uma forma sarcástica e cínica, como se ter dinheiro fosse, por si só, digno de inveja. 
Mas a maior parte das vezes é uma forma de vida.
Costumavam dizer os antigos, que se não existir oferta, tão pouco existirá procura. E estavam certos! 
Mas será que viver assim, está?
Oportunistas e aproveitadores são e serão sempre, uma fatia enorme. 
Vivemos num meio onde o ter cargos de topo, mestrados, frequência em universidades elitistas e alguns sinais exteriores de riqueza, te faz a presa perfeita. Podes ter cara de peixe fora do prazo, um sotaque provinciano, seres coxo, com óculos e um dente de ouro, mas vais ser cozinhado, de certeza. 
Depois existem os que se aproveitam do encantamento do pechisbeque, para tentar pescar a pescadora. Aqui o que intervém será sempre a esperteza de quem tem a cana, não no sentido literal, obviamente. 
Quando se apercebem que estão a gastar isco, mudam de praia. É simples! 
Se forem novatas ou imaturas, pouco acostumadas a ver para além do brilho,  apaixonam-se e ficam onde estavam, no suposto objectivo de vida.
No fundo cada um vive a vida e gasta o seu tempo, da forma que quer. 
Talvez a parte emocional não seja importante, os laços não signifiquem nada, no viver para ter e não para sentir. A empatia, se resuma a acessórios de marca e férias não sei onde. 
Tenho pena de quem se vende por algo. 
Seja o que seja. 
E tenho mais pena ainda de quem, sabendo que não é verdadeiro, finge não saber para ter o que não seria para si, e no fundo, nunca será.
Quanto aos invejosos, a quem incomoda o sucesso dos outros, só posso dizer que o remédio para dores de cotovelo, é trabalhar ou nascer rico. 





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