Andorinha Avoa Avoa

Era assim... Não pensava no futuro, como estando já ali. Não me preocupava com o final do mês, nem com os horários do dia-a-dia. Não geria responsabilidades, dinheiro ou emoções que saltavam cá para fora, muito antes de as sentir.  Acordava todos os dias com um sorriso nos lábios, uma energia, uma alegria de quem vive o presente. Parte corações, sempre a saltar de conquista em conquista, vaidosa e com muito tempo, todo o tempo do mundo. Verões divertidos, quentes, sedutores, muitos biquinis reduzidos e muitos seguidores embeiçados. Invernos mais chatos, mas com animação, amigos e gente, muita gente à mistura. Impulsiva, contagiante, divertida, efusiva, companheira, meio alucinada e talvez por isso tenha, agora, uma saudade do tempo de juventude, onde tudo era ali, no momento, vivido sem hesitações !

Cansada de tentar ser aquilo que todos esperam.  De tentar ser sempre perfeita, de manter a aparência e não deixar que vejam aquilo que sinto.  Que não transpareça a desilusão e a fraqueza. Eu sou igual a todos os outros, nem mais nem menos!! Deixem de exigir que seja algo mais, porque no fundo só existo eu, com defeitos e virtudes, mas só eu e nada mais!

Outsider Muitos de nós temos um ambiente tipo. Há quem não se sinta bem em locais diferentes do habitual. Eu então, sou um verdadeiro camaleão no saber estar. Não me importo com quem me rodeia, mas sim com quem estou. Por vezes sou surpreendida pelo exagero de formalidade, outras vezes pelo contrário. Já estive em locais onde muitos fugiriam com medo de assaltos, e noutros onde até se ouvem as moscas espirrar. Mas lembro-me sempre que o mais importante é nunca esquecer quem sou, porque aí ninguém vai olhar, ninguém vai sentir que afinal és um outsider, ninguém vai achar que não pertences ali.  Estarmos bem e transmitir-mos a mensagem, leva-nos a aproveitar o melhor da vida, seja ela de 5 estrelas no cardápio ou de 20 estrelas na diversão.

... Um dia disse-te não.  Não havia mais nada a partilhar, nada de novo, nada de emocionante.  Já não precisava da tua amizade, da tua companhia e o teu apoio. Pensei que tudo acabava ali, a milhares de quilómetros e que aí iria ficar, tal como as recordações de tudo. Troquei-te por alguém, por um sentimento, por uma escolha.  Pensei que não havia nada a recuperar.  Agora bateste-me à porta, quando o sentir dói.  Acolhi-te, reconfortei o mal que alguém fez. Tornaste-me mais viva, deste-me a água que me faltava. Obrigado por teres voltado.  

Apesar... Apesar de estar um frio descomunal, ou frente polar, como dizem os senhores da metereologia, vou jantar com um homem lindo e apreciar cada minuto. Apesar de o frio continuar até domingo, vou festejar até cair para o lado numa super-mega festa, com todos os meus amigos (quase todos, porque as agendas são difíceis de conciliar) e celebrar! Apesar de não saber se o frio continua para a semana, quero mascarar-me (não perguntem porque eu não digo!) e curtir o Carnaval em grande estilo. Apesar de ser um cliché, não se esqueçam que a vida são dois dias e o Carnaval são três!!

Formosura ou talvez não! Ontem ouvi a frase que mais abomino e penso que qualquer mulher concordaria comigo, desde que não seja uma carga de ossos andantes, com problemas anoréticos. Uns acham que nem por isso, outros acham que com menos só se nota o esqueleto, outros ainda nem emitem opinião, mas o olhar aprovador diz tudo. Devo deduzir que a dita frase saiu em tom de brincadeira ou talvez, quem sabe, de alguma inveja de já não tocar nem num milímetro. Mas que me deixou na dúvida deixou, e só por isso estou em dieta líquida. Este é um aviso à navegação, porque quando é assim a minha boa vontade e disposição entram em stand by. Em relação à frase, deduzam-na porque me arrepia a espinha só de pensar quanto mais escrever!!!

FDS Finalmente hoje é sexta-feira! Penso que, como eu, todos os conheço adoram este dia. Amanhã não vou ter de me levantar cedo, posso estar com os amigos e fazer o que me apetecer! Posso ir beber café à praia, ver um filme ou simplesmente fazer zapping em estilo profissional. Não pensem que não gosto de trabalhar, mas também gosto de nada fazer!

Para todos, sem esquecer nenhum. São eles que nos amparam nos momentos menos bons, que nos limpam as lágrimas, sejam elas de tristeza ou de felicidade, que nos confortam e incentivam. É com eles que partilho conquistas, sorrisos, novas emoções e a felicidade que aos poucos me vai batendo à porta. O que não vale uma conversa em tom de desabafo e uma gargalhada genuína? Vale tudo ou nada, mas que interessa é que tenho alguém, muitos "alguéns", aqui e ali, mais perto ou mais distantes, que continuam a entender-me e a gostar de mim, tal como sou. Com eles não há subterfúgios, mal-entendidos ou palavras dúbias. É a eles que recorro, quando preciso de alguém que me ouça, que me entenda e que me esclareça. Recebo sempre algo e dou aquilo que posso, e por vezes, o que não posso também. Conheço pessoas que não os possuem, que vivem no seu mundo egocêntrico, fechados para as emoções. Dizem que não precisam, que não confiam e que não partilham. Não entendo como se pode viver sem amiza