"O povo saiu à rua para festejar a vitória do Benfica e eu, apesar de ser do FC Porto, não achei mal. As pessoas têm o direito de ficar alegres. O povo saiu à rua para ver o Papa e eu, apesar de ser agnóstica, não acho mal. As pessoas têm direito à sua fé. O povo vai à Covilhã espreitar a selecção e eu, apesar de não ligar nenhuma, não acho mal. As pessoas têm direito ao patriotismo. O governo escolhido pelo povo impõe medidas de austeridade umas atrás das outras, aumentando os impostos e não abdicando dos mega investimentos. O povo não reage. Não sai à rua. Reclama à boca pequena e cria grupos zangados no Facebook. É triste que este povo, que descobriu meio mundo, não imprima à reivindicação dos seus direitos a mesma força que imprime à manifestação das suas paixões." PS: Este texto foi-me enviado por email. Decidi publicar porque concordo plenamente. Onde está a raça dos portugueses?
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Quanta maldade há debaixo de um sorriso? Nem tudo o que luz é ouro e nem tudo o que sorri é sincero!! Uma das mais primordiais reacções do ser humano, tornou-se numa arma de dissimulação e cinismo. Nem sempre sorrimos com gosto, com sentimento e com naturalidade. Fica bem sorrir cinicamente para quem nos ataca com a mesma arma, sorrir para um estranho que não nos diz nada, agradecer com um sorriso a quem nos vende o jornal. Nem sempre tem o intuito errado, nem sempre é malicioso, mas deixou de ser espontâneo e verdadeiro. Passou a ser uma necessidade para viver em sociedade. Já aprendi a usar e abusar deste artificio, mas também sei quando é sincero e sei, quando me sorriem pelo simples prazer de sorrir.
Os Incógnitos Marcam a minha geração, como filhos só de mãe. A maioria dos portugueses sem pai, ou pelo menos assumido, têm 35 anos em média. Nascidos nas divergências entre progenitores, factores de risco mal calculados ou simplesmente sem a existência de um casamento que os valide. Sim, antes de 1976, o fruto de uma relação não oficializada era considerado ilegítimo e como tal, filho de pai incógnito. Entretanto a lei mudou, e embora ainda tenhamos cerca de 8 mil crianças sem o apelido paterno, é agora muito difícil voltar costas a algo que deve ser assumido pelas duas partes. Os testes de paternidade e o ADN permitem tirar dúvidas, se existirem, e chamar à razão muito boa gente. Ainda assim os casos acontecem e continua a ser esmagador não ter pai, uma injustiça perante a vida logo no seu inicio. Já dizia a minha avó, que para o fazer são precisos dois, mas para o criar muitas vezes só existe um. É isto que me espanta nas relações. Podem existir dúvidas, traições, problemas conj
"A mim bastaram-me 3 segundos para te avaliar!!" Os homens avaliam rapidamente as mulheres. Olham, gostam daquilo que vêm e está o assunto arrumado. O azar deles, e a nossa sorte, é que as mulheres são muito mais do que aquilo que se vê por fora. Podemos ser complicadas, difíceis de compreender, uns bichos estranhos, mas demoramos mais tempo a avaliar. Por isso é que no fundo quem escolhe somos nós. Os homens olham para a montra. Nós entramos e compramos!
Adorar é... Gostar é fácil. Podemos sempre admitir que este ou aquele pormenor, por mais insignificante que seja, até não nos agrada, mas não deixamos de gostar por isso. Todos somos diferentes e não existe perfeição nas relações interpessoais. Eu gosto de muita gente, conheço os defeitos e as qualidades, e aceito tudo por igual. Adorar é mais complicado e aqui já não posso falar em muitos. Aqui surge um sentimento mais recíproco. Se não existir retorno, nunca se adora ninguém. Nunca se passa por cima do mau hálito matinal de parte a parte, do cabelo despenteado, do ressonar ocasional, das cotoveladas no nariz durante a noite (lol), do stress dos dias menos bons ou de uma tirada mais agressiva. Se alguém nos adorar de volta, com tudo aquilo que trazemos connosco, somos sempre capazes de dar em troca. Adorar é gostar de tudo, e não é fácil, mas felizes os que o sentem e os que o fazem sentir.
Nada e alguma coisa mais. Preciso de escrever, para tentar perceber o que sinto. Sou complicada, que vive e sente nos extremos. Ontem estava feliz e amanhã triste, sem nada ter mudado. Ontem vi o céu azul e as flores cor de arco-iris, amanhã vejo o cinzento sobre mim e o verde seco a meus pés. Sou assim, inesperada, até para mim no final. Não entendo e não consigo afastar esta inconstância permanente. Ontem estava bem, hoje nada sei e amanhã, alguma coisa mais!
GOLD ATM Um dos melhores hotéis de Abu Dhabi, o Emirates Palace, tem um ATM. Até aqui nada de especial, mas se lhes disser que ao invés de notas de dólar ou dirhams, a dita maquineta cospe barras de ouro, já é no mínimo diferente. Segundo a empresa que gere o projecto "Gold to Go", o preço do ouro é actualizado diariamente e pode também dispensar moedas personalizadas. Muitas das transacções, incluindo as de rua, são ainda feitas neste metal precioso o que nos mostra que afinal "tudo o que luz é mesmo ouro", nesta parte do mundo. Se fosse em Portugal, dispensaria prata banhada ou pechisbeque, daquele que deixa a pele negra depois de algum uso, e estaria à porta das lojas chinesas e nunca no Hotel Ritz!
Hipocrisia Papal O nosso país está, tal como resto da Europa numa grave crise económica. Mas apesar de termos o cinto a apertar e a corda na garganta, vamos parar durante dois dias, ou três, se incluirmos Fátima no roteiro do desperdício. Cada dia da visita papal irá custar 37 milhões de euros à nossa economia, já desgastada e prestes a seguir a Grécia no descalabro. Eu não tenho direito a tolerância de ponto, nem coisa que o valha, mas na prática vai afectar o meu trabalho e o meu dia-a-dia. E eu pergunto: - Será que sua Santidade vem fazer um milagre que nos tire da recessão? Como a resposta é obvia, só posso acrescentar que nem 8 milhões de católicos ( muito menos são os que praticam e seguem a fé) justificam tanta hipocrisia e gastos desnecessários.