A última saída

Sinto-me revoltada, triste e um pouco incrédula.
Nunca o tinha sentido e não consigo compreender.
Penso sempre que todos os que nos rodeiam são um dado adquirido, que não irão desaparecer por sua própria vontade, mas afinal engano-me, todos os dias.
Tinha menos alguns anos que eu, dois filhos e uma vida complicada.
Sempre lutou e sempre foi vencendo, os obstáculos que a vida lhe reservou.
Imigrou para França há uns anos e demonstrou, mais uma vez, a energia e o positivismo com que levava a sua vida.
Mas a verdade é só uma.
Em algum momento desistiu de viver, fraquejou e suicidou-se.
A prima com quem brinquei em pequena, que se mantinha em contacto telefónico, com que falava nos aniversários, que estava presente na mesa de Natal e que no fundo era uma parte da minha família, desistiu de tudo!
Podia ter mil e uma razões , mas...
Não entendo! Não consigo entender!

Comentários

Anónimo disse…
Sinto muito amiga. É pena, mas ninguém consegue descodificar pequenos sinais extremos de infelicidade, e depois o choque é maior quando acontecem atrocidades destas. Sinto muito também pelos filhos... Mãe é mãe! Bjs Afilhada

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