O Universo rodou.

 




Surgiu do nada. De rompante, voraz e enérgico.

Trazia consigo o fascínio do imediato, do rastilho pronto a queimar, da urgência em querer, do cometa que passa.

Sentia-se no ar a fragância da sintonia. A pele queimava ao toque ligeiro, como uma traça de encontro à chama. Intenso, envolvente e irresistível. 

O mesmo ver, o estar e o sentir. Pedra imperfeita, valiosa no carinho, no abraço e na paixão. 

O tempo não passava, a fome não era saciada, quase viciante, ao limite da raiva do possuir e do ter.

No beber das palavras, das caricias, dos silêncios já partilhados, no romper as seguranças e certezas. 

Sensação de pertença, de confiança e de entrega total.

Nada escondido, tudo cru e verdade. Difícil, mas perfeito. 

Algo faz muito sentido e quando assim é, nada é impossível.

Os planetas conjugaram-se, e o universo rodou. 

Ps: Qualquer semelhança com a realidade, poderá ou não ser. Porque nunca se sabe, se se vive a sonhar, ou se se sonha a viver!



 

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