Amor em tempos de pandemia





Um dia o mundo mudou e a vida mudou com eles.
O que era leve e sustentável, passou a ser assumido e, possivelmente, um futuro aconchegante simplesmente pelo carinho, amizade a apoio mútuo.
Mas depois vieram os problemas, as ansiedades, os medos e as inseguranças.
O que era bom deixou de ser, porque trouxeram as mágoas antigas, os sentimentos mal resolvidos e toda a bagagem, que ainda não tinham desempacotado de corações desiludidos.
Tinham ideias pré concebidas e estereótipos enraizados, que não encaixavam na realidade actual.
Em vez de ser apaixonarem, desapaixonaram-se. Em vez de olharem o outro como algo novo, encararam-no como algo que deveria ser o que necessitavam. 
A ruptura foi inevitável e algo que já previam. 
Podiam ter tentado de outra forma, rever o passado e ver algum bom no futuro. Mas tentar, assume sentimento e entendimento. Não sentem que valha a pena! Preferem guardar ressentimentos de situações passadas, do que enfrentar um desafio. 
Não os posso censurar. Quando o demonstrar sentimentos se tornou uma actividade de risco, a sobrevivência diz-nos para seguir em frente. Eles devem estar lá, mas mais vale esconder do que expor.
E o que poderia ter sido uma história de amor, tornou-se numa história durante a pandemia.




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