Inocência
Quando se chega aos vinte anos, decidimos que somos donos da nossa vida e senhores detentores da razão.
Achamos que nada do que nos dizem faz sentido e tomamos as rédeas do nosso destino.
Alguns sabem endireitar o percurso até tomarem consciência que, nessa idade, ainda não sabemos da missa a metade. Outros deixam influenciar-se por quem, já sabendo o missal de trás para a frente, se aproveita da inocência e da arrogância que quem se julga dono do mundo.
É triste ver alguém virar as costas à família, a quem estará sempre por perto, para ajudar e acarinhar.
Mas mais desolador é ver alguém a ser enganado e extorquido com palavras mansas. Os amigos verdadeiros não nos custam um rombo na conta bancária, não estão sempre dependentes de nós e não nos usam para ter aquilo que não conseguem por si só.
Custa ver a família a sofrer por ver que, no fundo, a "amizade" só irá durar enquanto existir dinheiro e a revolta que se sente, quando só ela não vê o que todos vêm.
Certamente irá dar com os burros na água, quando compreender que um amigo não vive à conta de outro e que a amizade é um bem inestimável, mas não nos pode consumir até à exaustão, quando se vive uma vida que não é a nossa.
Essa, a nossa vida, tem de abranger todos, incluindo os que nos amam verdadeiramente e que estarão sempre lá, para apanhar os bocados que os interesseiros deixarem para trás.
Comentários
Vá lá...não custa nada...estava mesmo a precisar!
Fifa*