Certo dia, a Maria, foi ao supermercado.
Comprou uma embalagem de cerveja, Sagres por sinal, entre outras compras necessárias a um lar.
Ao colocar as cervejas no frigorifico, porque afinal são boas bem fresquinhas, uma garrafa rebenta-lhe nas mãos, deixando-a cega de um olho.
Os tribunais provaram que o rebentamento não foi provocado pelo manuseamento do cliente final. A culpa foi da própria garrafa, que se tornou defeituosa devido aos trambolhões que sofreu no enchimento, na distribuição e nas descargas.
Até aqui, excluindo a má sorte da Maria, nada a apontar.
O que acho estranho é que uma pessoa fica incapacitada, por culpa de outrém, seja ele uma pessoa ou uma empresa, e espera doze anos (!!!), para que seja feita justiça.
Afinal a Maria não cortou um dedo no vidro, não foi um simples acidente de fácil resolução. A justiça em Portugal é uma lesma vagarosa, cheia de atrasos, recursos e adiamentos, que não se importa com quem sofre e com quem precisa de rapidez.
Enfim... só mais um caso que nos mostra, que aqui neste rectângulo à beira mar plantado, a Justiça já foi algo de todos e em que podíamos confiar!
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