Losers

 




Porque se apaixonam as pessoas?
Apaixonamo-nos por aquilo que é bom em alguém. 
Por um olhar, uma forma de estar, uma concordância dos astros. 
Por tudo e por nada.
Mesmo que sejam só os nossos olhos, que vêm o que mais ninguém vê. Tentamos ver coisas onde não estão, ou talvez sim, quem sabe.
A paixão usa lentes cor de rosa. 
Por vezes os tons combinam. Mas por vezes, não.
A forma como se reage à rejeição é diferente, dependendo da relação anterior. 
Do tempo de convivência, da partilha de emoções, e da forma como se relacionam.
Se era light, é só um mudar de ares e a coisa passa.
Se a amizade está em jogo, entra a maturidade e a estabilidade emocional. 
Mas se não estão presentes, a coisa complica-se. 
A rejeição é frustante. É cruel, voraz. Capaz de matar tudo à sua volta.
E aí perdem-se afetos. Toda a ligação que antecedeu, acaba por deixar de fazer sentido. 
A raiva absorve o que era bom. 
Se partilhavam conversas ou pensamentos, se discutiam posturas e visões de vida, agora nunca mais o farão. Já não se olham e não se falam.
Quando os sentimentos mudam, todos sentem que fracassaram em algum momento.
O entender o outro é imprescindível.
Não há culpa, quando não há intenção ou manipulação. 
Ninguém é responsável pelas ilusões de terceiros.
Perde, o que não consegue.
Perde, o que não queria que nada mudasse.


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