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Sim, o total de infetados no dia de hoje, em Portugal.
Aquele mesmo Portugal que se safou, mais ou menos bem da primeira vaga e obviamente, não se preparou para a segunda.
O comportamento típico de quem procrastina algo, e é apanhado como se não soubesse de nada, é atribuir culpas a terceiros.
Sabiam o que nos esperava a mudança de estação, mas preferiram ir a banhos no Verão e assobiar para o lado. Não tomaram nenhuma decisão, que realmente fizesse a diferença.
A única que se mantém sempre erguida é a economia. É preciso fazer mexer a economia, é preciso encher os cofres do estado. Mas depois não existem condições, nem posições já agora, que nos permitam fazê-lo em segurança.
Sinceramente já não percebo bem como proceder.
No café, posso estar com quantas pessoas?
Posso ir à igreja, mas não posso ir parque infantil?
Máscara na rua quando? Quando não estamos perto? Quão perto? Mas no transporte público não há problema, porque o ministro disse que era seguro?
E agora esta forma, no meu ver completamente irregular, de nos cortarem liberdades e garantias que se chama estado de emergência "leve".
A população não respeita e não deixa de estimular a economia. É uma chatice, agora que os casos não param de aumentar. Toda a gente quer jantar fora ou ir a espetáculos, ir à escola e a universidade, sair para ver as ondas da Nazaré ou ir às compras ao supermercado.
É o resultado da má comunicação, da inacção nos preparativos do serviço nacional de saúde, da falta de fiscalização e das inúmeras exclusões às obrigatoriedade que nos levam a não respeitar.
Não podemos entender uma posição com dois pesos e duas medidas, e a meu ver não o podemos aceitar num pais de liberdade, dizem.
Note-se que sou uma cidadã cumpridora, e nunca terei nenhum comportamento que me coloque em risco a mim, ou a terceiros.
Mas não me peçam para estar calada, quando sinto que avançamos para uma ditadura de controlo pelo medo, e cada vez mais pela fome e instabilidade social.
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