Onde me perdi









Quando o sol nasce já não é igual, o dia corre sem se dar por isso e ao final não fica nada. 
Já não me sinto a mesma. Perdi a inocência e a vontade de viver. 
Não confio, não dou abertura e tornei-me intransigente. Será um defeito, será uma posição ou uma forma de viver? 
Não sei. Sei que é a forma de continuar em frente, embora não saiba para onde vou.
Também não quero saber, tal como muitos também não se interessam.
Este tempo de excepção, talvez servisse para que nos tornássemos mais. Mais amigos, mais solidários, menos intolerantes e mais amados. Mas nada vem do nada, e do nada nada fica.
É o que continuo a ter. Nada.
Onde perdi tudo o que era? O que me fez ser assim?
Foi a vida onde me perdi, e onde ainda não me encontrei.

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