SOZINHO OU ACOMPANHADO
Ter alguém que nos acompanhe na vida, em toda a extensão do nosso dia a dia ou não ter ninguém e viver bem mesmo assim. São opções que temos de tomar ao longo da vida e algumas delas poderão ser mesmo permanentes. Existem pessoas que pensam que será essa a melhor atitude a tomar, visto não trazer as complicações implícitas numa relação a dois. Não existem pressões, compromissos, horários ou obrigações. Existe uma pessoa, que vive por si só, que não depende nem precisa de ninguém. Mas será que se consegue ser feliz assim?
Há quem diga e reafirme que sim, que ser “solitário” tem todas as vantagens, mas será o ser humano uma espécie individualista?
Na minha opinião ter alguém que nos encha o vazio que existe quando paramos para pensar, que nos aqueça o coração quando nos sentimos carentes, que nos dê aquele beijo quando nos sentimos tristes e desamparados é muito importante, mas não o mais importante.
Se aquilo que sentimos não nos realiza, mesmo que precisemos de alguém, nada justifica o “aproveitamento” que poderemos fazer para combater essa tal solidão que, embora seja rara, apanha todos desprevenidos.
No quotidiano é fácil fazer juízos de valor sobre a postura de outrem, mas teremos que ser mais sinceros connosco próprios. Existem pessoas que não nasceram para amar verdadeiramente, que são auto-imunes à partilha e ao companheirismo.
Mesmo quem sempre quis ter alguém a quem amar e sentir-se amado, chega a um certo ponto em que começa a pensar se valerá a pena tentar tantas vezes, errar sempre pelo sentimento, dar e nunca receber e acaba por desistir. Torna-se um solitário, mais um que enche as estatísticas dos que acham que valem por si próprios, que olham para o seu umbigo e pensam que a vida se resume á sua pessoa, que não cedem nem um milímetro e assim se protegem daquilo que já os magoou. Ninguém nasce sem sonhos, sem achar que o amor verdadeiro existe mas a vida é dura e por vezes mostra-nos que realmente era um sonho e acordamos, por mais tempo que levemos a fazê-lo.
Qual será a melhor opção?
Depende da forma como nascemos, como crescemos e como reagimos perante a vida. Cada um por si sempre… cada um por si só talvez!!!
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