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A mostrar mensagens de fevereiro, 2011
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Em 1994, chamaram-nos "Geração Rasca". Não transmitia-mos confiança, éramos individualistas, irresponsáveis e indisciplinados. Mas resumindo sempre fomos o resultado da época em que vivemos. Em boa altura fizemos greve às aulas e todos estavam nas manifestações! Do secundário ao ensino superior, todos faziam parte da geração inconformada!  Crescemos com a série "Verão Azul", com apenas dois canais de televisão, cantarolávamos o hit da Dora "Não sejas mau para mim".  Fomos os herdeiros da liberdade!  Mas afinal o que herdámos?  A forma natural de dizer não à opressão, de fazermos passar as nossas ideias, embora no fundo não tenhamos passado da "cepa torta"! Agora temos a "Geração à Rasca".  Aquela que nunca teve a mesma força, nunca terá a mesma garra. Tem canudos, tem doutoramentos e licenciaturas, mas falta-lhe o empenho para se mostrar inconformada.
Um dia destes gostava de viver noutro lugar. Onde respeitassem o outro, com a mesma facilidade com que aqui o desrespeitam. Não existe cortesia ou amabilidade. Ao invés implementou-se o cada um por si ou melhor ainda o salve-se quem puder . Vivo num país onde não se sabe viver em sociedade. Às opiniões responde-se com agressividade, às acções com a estranheza de quem não sabe agir, a não ser em proveito próprio.  Mas afinal onde é que vamos parar, sem a mínima noção de nós e dos outros? Vivemos numa selva urbana, onde quem tem olho é rei !  Se soubesse, tinha ficado por África, onde existe sempre uma liana onde nos possamos agarrar!
A nódoa na toalha! Trintona. Mãe. Esposa. Profissional. Tudo isto ela aparenta!  Frequenta o ginásio para tentar dar o ar de enérgica. Aproveita o tempo livre que tem, já que a assiduidade não consta. Basicamente fala ao telefone! Todas as responsabilidades são descarregadas, rapidamente e eficazmente! Gosta de festas e está sempre dentro do que "está a dar", no país do faz de conta!  No fundo é uma "espertinha", aquelas ervas daninhas que crescem em alguns jardins!  É uma coisa com que se aprende a lidar.  Pouco espaço, muito cinismo e savoir faire ! É sempre o meu conselho nestas situações!  Afinal quem é que já conseguiu que elas não cresçam, por aqui ou por ali?